Não é a primeira vez que me perguntam o que faço. Gosto de criar coisas e o conhecimento é parte integrante de quem eu sou, considero-me uma empreendedora de alma e uma escritora de coração. Cada vez mais, gosto menos de rótulos.
É como a dispensa lá em casa, as bolachas doces e as salgadas não se misturam, mas todos sabemos que um bom tempero inclui sempre misturas de vários tipos.
Depois do projecto do Entre Nós – que foi um dos mais desafiantes de sempre – tenho feito muitas outras coisas. Projectos, uns mais visíveis outros menos. Aprendi que não preciso de publicar tudo o que faço. Também eu acabei por entrar um pouco naquela roda em que a exposição é quase obrigatória, como se toda a gente tivesse de saber o que ando a fazer a todo o momento, e caso não saiba, não existiu.
Não é, por não publicar, que não faço. É só porque, não publiquei. Talvez agora, com o início de um ciclo de novos projectos e término de outros tenha decidido começar a documentar tudo. Um posso aconselhada pelo Gary V. (Através dos inúmeros vídeos que vi dele) quis partilhar o meu processo de deixar de trabalhar em casa.
Tenho trabalhado sozinha e isso é bom, mas sentia a falta de ver e estar com pessoas, sair do conforto do sofá.

Na senda da busca de um sítio para começar a trabalhar, fora de casa, estes foram os meus critérios:
- Tinha de ser perto de casa. Queria poder ir a pé, bicicleta ou metro e demorar pouco tempo;
- Tinha de me sentir em casa. Ou seja eu queria que fosse confortável o suficiente para sentir que estava fora mas com todas as comodidades que tenho em casa;
- Tinha de ter gente cool. Pessoas que estivessem na sua vida e que fossem suficientemente heterogéneas para um bom happy hour;
- Tinha de ser acessível financeiramente, mas não andei à procura do mais barato;
- Tinha de ter um horário alargado. Queria ter alguma flexibilidade.
Já comecei e em termos de produtividade faz toda a diferença. Já não tenho de lutar contra o sofá , que me chamava constantemente. Deixei de ter fome a cada cinco minutos pois tinha o frigorífico a gritar por mim, constantemente.
Três pistas para ver quem adivinha:
– As pessoas que trabalham lá dão um apoio cinco estrelas, se houvesse seis estrelas, daria seis;
– A saída está na linha amarela – metro;
– Tem café/fruta/bolos à descrição
Já sabes qual é o co-working ? Gostavas de vir trabalhar um dia comigo? Tenho um lugar na primeira quarta-feira de cada mês. Inscreve-te aqui.